Carne Fraca!


Carne Fraca!

Itapema 01/04/2017

Régis Duarte Müller

5° Dom na Quaresma – 01/04 a 08/04/2016

 

Textos Bíblicos: Salmo 130; Ezequiel 37.1-14; Romanos 8.1-11; João 11.17-27,38-53

 

Atualmente acompanhamos a repercussão da operação “carne fraca”, que trouxe à Luz tudo de horrendo que era feito em segredo. Carnes podres, adulteradas, modificadas e tudo com o fim de gerar lucro. No entanto, apesar de toda gravidade da situação, o brasileiro não perde seu estilo Macunaíma de viver, fazendo piada com a situação, que na verdade era motivo de choro, e não de risos. Pensando assim, o brasileiro, com seu

jeitinho, ‘viraliza’ ao compartilhar fotos de churrasco com papelão, dando a entender que os churrascos de domingo não tem origem no animal do campo, mas nos derivados das plantas/árvores que utilizam para a criação do papel.

 

Sim, a carne que comemos é fraca! Mas ao lermos os textos desta semana percebemos que não é somente a carne bonina ou suína que apodrece, mas a humana também. Assim percebemos ao lermos o texto de Paulo aos Romanos, quando diz: “Deus fez o que a lei não pôde fazer porque a natureza humana era fraca – porque a carne era fraca” (Rm 8.3). De onde, também, surge um desculpa bastante esfarrapada para explicar certos deslizes na vida, de modo que frequentemente se escuta a tentativa de explicação com a frase “a carne é fraca”.

Pois então, a carne realmente é fraca, e agora não estamos falando de uma operação policial e nem de explicações esfarrapadas, mas de uma situação original oriunda do pecado e que está presente em todo ser humano. Fato pelo qual podemos afirmar: “A Carne é fraca” (Rm 8.3), em outras palavras: “Todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Rm 3.23).

Assim Paulo mostra o quanto é fraca a nossa natureza humana, bem como, as consequências de tal fato, visto que, aqueles que vivem de acordo com a “carne – natureza humana” não podem agradar a Deus (Rm 8.8). Na verdade, diante da situação pecaminosa e corrompida do ser humano, os outros textos nos apresentam uma interessante definição. Em Ezequiel a carne já não faz mais parte do corpo, pois restaram apenas ossos; enquanto que em João encontramos a ‘carne humana’ putrificada, pois afirma Marta: “Senhor, ele está cheirando mal, pois já faz quatro dias que foi sepultado” (Jo 11.39b).

Apesar de compreendermos tais aspectos como físicos, os textos estão abordando a situação espiritual do povo, a saber, podre e sem valor, em total perdição. Percebe-se isso

diante da palavra que diz: “O povo de Israel é como esses ossos. Dizem que estão secos, sem esperança e sem futuro” (Ez 37.11).

 

O povo de Israel e qualquer outro povo que não conhece a Deus e a sua Palavra, nem lhe dá ouvidos, são semelhantes a um vale de ossos secos, são corpos putrificados em seus delitos e pecados aguardando a sentença final no dia do juízo.

Assim, ao nos despedirmos de alguém nesse mundo choramos sua morte, como fizeram as irmãs Maria e Marta diante da morte de seu irmão Lázaro. Mas aqueles que confiam em Deus entendem que a morte é resultado do pecado, mas também creem na ressurreição após a morte, como testemunhou Marta, a irmã de Lázaro, ao dizer: “Eu sei que ele vai ressuscitar no último dia” (Jo 11.24b). Marta e Maria, contudo, puderam ver a glória de Deus através da ressurreição do seu irmão, Lázaro.

Em virtude de tal fato, Jesus ganhou a atenção dos fariseus e mestres da lei, que passaram a perseguir Jesus, e diante das palavras de Caifás, se faz conhecido o plano perverso e profético, que terminará na morte de Cristo na cruz.

O motivo da perseguição e morte de Jesus é a fraqueza da carne, o pecado. Pois pelos pecados do mundo inteiro Jesus se entrega como sacrifício para “regatar a nação e reunir em um só corpo todos os filhos de Deus que estão espalhados por toda parte” (Jo 11.51b-52).

Jesus é o salvador, o Senhor da ressurreição, e todos que são pecadores, que estão putrificados em seus pecados, que se encontram em profundo desespero, todos de ‘carne fraca’ podem ouvir a mensagem profética de salvação, a qual junta os ossos secos, desperta os mortos. A mensagem de Cristo que diz: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem

crê em mim, ainda que morra, viverá; e quem vive e crê em mim nunca morrerá” (Jo 11.25-26ª).

 

Infelizmente por causa da fraqueza da carne todos morrerão, mas aqueles que creem em Cristo não precisam temer a morte, mas aguardar esperançoso o grande dia da ressurreição. Afinal, como afirma Paulo: “Se Cristo vive em vocês, então, embora o corpo de vocês vá morrer por causa do pecado, o Espírito de Deus é vida para vocês porque vocês foram aceitos por Deus. Se em vocês vive o Espírito daquele que ressuscitou Jesus, então aquele que ressuscitou Jesus Cristo dará também vida ao corpo mortal de vocês, por meio do seu Espírito, que vive em vocês” (Rm 8.10-11).

Que ‘a carne fraca’ de nossa natureza pecadora possa ser ressuscitada por Cristo no dia da Salvação.

Oração: Obrigado Senhor por seu amor disposto a salvar. Que possamos confiar e depositar toda nossa esperança em ti. Em nome de Jesus. Amém.

Transformando.


Sabe aquele dia que você levanta cedo e animado para ir ao trabalho, se arruma, vai à cozinha fazer café e então percebe que acabou o pó? Que o pão endureceu? Que o leite ficou fora da geladeira e azedou? Pois é, aqui você já tem motivos suficientes para mudar de h
umor e pensar que começou mal seu dia! Mas a reação que vem a seguir depende de você! Você pode escolher se vai ficar brabo, emburrado, magoado… Ou quem sabe, transformar todas essas situações em algo agradável.

Constantemente transformamos nossa alegria em tristeza, nossa paz em ansiedade, nosso amor em ódio, nossa fé em incerteza e dúvida. Assim percebemos que somos socialmente, emocionalmente e espiritualmente instáveis, e potencialmente capazes de transformar coisas boas em ruins.

Mas quem nunca viveu um dia ruim? Talvez você esteja vivendo hoje um dia de tristeza, amargura, de luto! Talvez hoje não esteja sendo seu dia, pois se ofendeu com alguma palavra ou atitude de outra pessoa, ou simplesmente não está contente com algo. Então tudo isso leva você ao choro, amargura, rancor que prejudica somente a você! Pode ser que você nunca tenha pensado nisso, mas é o pecado que transforma seu pensamento, que cria as confusões, os ‘mal entendidos’ e o efeito dominó de coisas ‘ruins’, pois se deixa dominar por ele. É possível que você esteja insatisfeito com algo e transformando sua vida com tristeza, ódio ou raiva. Lembre-se que apesar dos seus motivambrosiaos, também existe o outro lado. Além do mais, se você olhar aos céus perceberá como Deus é grande, e quantas coisas têm feito por você. Com poucas palavras o salmista nos mostra isso ao dizer: “Converteste o meu pranto em dança; substituíste meu traje de luto por roupas de alegria” (Sl 30.11).

Deus é a direção de nossa vida, a sabedoria e o discernimento. Nele encontramos a paz, a fé e a esperança. Ele apaga nosso pecado e nos traz de volta a alegria. Então, guiado por ele e pelo conhecimento que concede você pode pegar aquele leite azedo e transformá-lo em um delicioso doce, que faz você lembrar sua infância, sua avó e momentos felizes e agradáveis que viveu, enquanto saboreia uma deliciosa ambrosia.

Tal transformação acontece quando conhecemos a nós mesmos, quando conhecemos nosso Deus. Então você reconhece o amor de Deus em sua vida e diz junto ao salmista: “Para que todo o meu ser cante louvores a ti e não se cale. Ó SENHOR, Deus meu, ações de graças te dedicarei por todo o sempre” (Sl 30.11).

Que Deus continue transformando nosso coração, e que nós possamos transformar aquilo que parece não prestar mais em coisas agradáveis e boas. Agora vou pedir licença, pois vou saborear minha ambrosia!

Oração: Amado Deus, obrigado por ter transformado meu coração, por ter transformando minha tristeza em dança e alegria. Em teu nome. Amém.

Régis Duarte Müller

O que agrada a Deus


Tema: O que agrada a Deus?

Textos Bíblicos: Isaías 58.3-9ª; Mateus 5.13-20

Régis Duarte Müller

Os noticiários estão repletos de escandalos políticos, crimes absurdos como vem acontecendo no ES, maus tratos aos animais, desrespeito com a natureza e criação de Deus que chocam nossa razão e dão um sabor amargo para nosso viver. Notícias que representam uma luz escura que aponta para um mundo cada vez mais sombrio de destruição e maldades.

Se por um lado há atitudes que desagradam a Deus, por outro muitas pessoas tentam agradar com vigílias, jejuns e confissões! De tal modo como nos mostra o texto de Isaías 58.3-9. Hoje, alguns tentam fazer isso usando a famosa roupa de domingo para ir aos cultos; além dos jejuns e orações vazias e mecânicas. Acontece que em meio a tudo isso, muitos, em assembleias e reuniões chegam a promover conflitos, não apenas com palavras, mas também com seus punhos (Ridderboss). Esse tipo de jejum, de culto e serviço não é agradável a Deus.

Ajudar o próximoDeus responde ao povo que age assim: “Será que vocês pensam que, quando jejuam assim, eu vou ouvir as suas orações?” (v.4b). “Não! Não é esse o jejum que eu quero” (v.6ª). Em seguida, afirma: “Eu quero que soltem aqueles que foram presos injustamente, que tirem de cima deles o peso que os faz sofrer, que ponham em liberdade os que estão sendo oprimidos, que acabem com todo tipo de escravidão. O jejum que me agrada é que vocês repartam a sua comida com os famintos, que recebam em casa os pobres que estão desabrigados, que deem roupas aos que não têm e que nunca deixem de socorrer os seus parentes” (Is 58.6b-7).

Deus não quer atitudes externas, mas atitudes de amor, respeito e zelo pelo próximo, como verdadeiros SAL e LUZ para o mundo. Não basta usar a famosa ‘roupa de domingo’, mas sim, ‘vestir a camisa’ e fazer coisas boas neste mundo repleto de pecados e maldades. Afinal, assim oramos na ação de graças após a santa ceia: “nos dê ardente caridade para com nosso próximo”. Assim podemos ser luz neste mundo. Pois Jesus é luz, e assim afirma: “Eu sou a luz do mundo; quem me segue nunca andará na escuridão, mas terá a luz da vida” (Jo 8.12b); Ademais, Jesus também afirma: “A luz de vocês deve brilhar para que os outros vejam as coisas boas que vocês fazem e louvem o Pai de vocês, que está no céu” (Mt 5.16).

Queridos irmãos em Cristo! O que agrada a Deus? O rei Davi diria: “um espírito humilde e arrependido” (Sl 51.17). Jesus, por sua vez, acrescenta: “Sejam sal e luz para o mundo” (Mt 5.13-16). Que Deus nos abençoe nesta obra de fé e de Amor.

Oração: Salvador Jesus, que o teu Espírito Santo me capacite a brilhar, fazendo o bem, e, assim, trazendo mais pessoas à luz do Pai. Amém.

Acreditar em Deus e Ajudar o Próximo


Tema: Acreditar em Deus e Ajudar o próximo.

Itapema 27/08/2016

Régis Duarte Müller

15° Dom Ap Pentecostes – 27/08 a 03/09/2016      

Textos Bíblicos: Sl 131; Pv 25.2-10; Hb 13.1-17; Lc 14.1-14

 

Estamos vivendo dias de política. Candidatos à Prefeitura e câmara dos vereadores estão pedindo que confiemos nosso voto, pois dizem que são pessoas de confiança, e por isso, merecem o voto. Prometem que vão ajudar o próximo, se comprometem a ajudar os desfavorecidos, necessitados, e a resolver os problemas que a cidade possui.

Ajudar o próximoÉ possível que muitos sejam realmente confiáveis, mas não estamos aqui para julgar os candidatos, suas promessas, caráter, competência, e ainda se é ou não digno de confiança. Queremos falar a respeito da importância de acreditar em Deus e ajudar o próximo.

Muitos dizem que vão entrar na política para ouvir e atender as necessidades do povo. Contudo, não é preciso ser prefeito ou vereador para isso. Mesmo sem assumir um cargo público, nós temos compromisso com o próximo, como dizem as sagradas Escrituras: “Não deixem de fazer o bem e de ajudar uns aos outros, pois são esses os sacrifícios que agradam a Deus” (Hb 13.16).

Isso significa ser hospitaleiro, ajudar o próximo em suas necessidades, viver uma vida matrimonial fiel, saber usar o dinheiro, pois o amor é demonstrado na vida prática, seguindo os exemplos dos líderes do passado.

Não é apenas aquele que toma posse de um cargo público que tem deveres sociais, mas aquele que possui o título de cristão e seguidor de Cristo também tem. Ora, pois, como cristãos, temos responsabilidades e compromissos com o próximo, tanto em sua vida pessoal/material, como também em sua vida espiritual.

No entanto, qual tem sido o nível de preocupação que dispomos às necessidades do próximo: Alta, média ou baixa? Ou quem sabe: Sempre, ás vezes ou nunca? O que tenho feito pelo meu próximo em sua vida pessoal, material, intelectual ou espiritual?

Como diz Paulo ao jovem pastor Timóteo: “Se alguém não cuida dos seus, especialmente dos de sua própria família, este tem negado a fé e se tornou pior que um descrente” (1Tm 5.8).

Uma atitude assim é resultado da avareza, da riqueza mal empregada, de se dispor a cuidar Avarezaapenas dos próprios interesses, e diante disso corremos o grave risco de esmorecer a fé. Muitas vezes, ansiando os melhores lugares nas festas e na sociedade, abrimos mão do melhor lugar que já recebemos: Nosso lugar bem especial no céu, cuidado e preparado pelo próprio Jesus.

Portanto, ajudar o próximo é uma responsabilidade cristã, e não fazê-lo significa receber o juízo de Deus e perder o nome de filho de Deus que Ele próprio concedeu aos crentes. Quando deixamos de ajudar o próximo nós pecamos contra os Mandamentos de Deus. De modo que não devemos agir assim, mas antes: “devemos ajuda-lo e favorece-lo em todas as necessidades corporais, ajuda-lo a melhorar e conservar os seus bens e o seu meio de vida, falar bem dele e interpretar tudo da melhor maneira” (Explicação do 5°, 7° e 8° mandamentos).

Quando não nos importamos com as necessidades do próximo, estamos sujeitos ao juízo de Deus e ao castigo eterno. Por outro lado, ajudar o próximo é verdadeira e sincera demonstração de fé e de amor, como afirma o apóstolo Tiago: “Mas alguém dirá: Tu tens fé, e eu tenho obras; mostra-me essa tua fé sem as obras, e eu, com as obras, te mostrarei a minha fé” (Tg 2.18).

A fim de que tivéssemos exemplos e orientação, Deus nos deixou guias espirituais, deixou trabalho em equipeo exemplo dos primeiros líderes espirituais e do próprio Jesus, que é o mesmo ontem, hoje e sempre (Hb 13.7). Além do mais, Ele próprio disse: “Eu nunca os deixarei e jamais os abandonarei” (Hb 13.5).

Deus é fiel, e por isso repetimos ao final das nossas refeições: “Agradecemos ao Senhor porque Ele é bom e seu amor dura para sempre”. Por causa do seu amor e misericórdia, Deus nos concedeu conhecimento, sabedoria, bens e toda sorte de bênçãos, materiais e espirituais. De modo que, por tudo isso, e por causa da fé em Jesus Cristo, o qual conquistou a cidade eterna, ofertemos a Deus sacrifícios de louvor (Hb 13.15).

Queridos amigos e irmãos. Jesus Cristo conquistou por nós o perdão, a vida e a salvação. Por isso, a coisa mais importante de nossa vida (a vida eterna) não pode ser comprada ou adquirida, nem mesmo podemos escolher o lugar que vamos ficar. Contudo, por tudo que Cristo fez em nosso lugar, podemos acreditar em Deus e escolher ajudar o próximo. Sendo assim, ouçamos o que Deus nos orienta fazer, e pratiquemos com alegria esta obra de fé e de amor. A saber: “Não deixem de fazer o bem e de ajudar uns aos outros, pois são esses os sacrifícios que agradam a Deus” (Hb 13.16). Que assim seja. Amém.

 

 

Surpresa e Alegria!


Tema: Surpresa e Alegria!
Itapema – Bom Caminho 27/03/2016
Régis Duarte Müller
Domingo de Páscoa – 27/03 a 03/04/2016
Textos Bíblicos: Salmo 16; Isaías 65.17-25; 1 Coríntios 15.19-26; Lucas 24.1-12

 Quando chega a Páscoa as crianças ficam bem animadas. Aguardam ansiosamente o dia que o coelhinho vai trazer os ovinhos de Páscoa. Todo ano é a mesma coisa. É preciso preparar o lugar para o coelhinho, para que, enquanto as crianças estão dormindo, ele possa deixar os ovinhos e doces.

No dia da Páscoa a surpresa: a cestinha está cheia de doces e ovinhos de Páscoa. As crianças ficam repletas de alegria, vislumbradas, contentes, felizes… Não sabem nem o que pegar primeiro.

ninho de páscoa.jpgSurpresas são sempre bem vindas. São situações e fatos que ocorrem em nossa vida e que causam admiração ou espanto. Você gosta de receber surpresas? Aquela pessoa querida que liga após tempos sem se falar; aquele salário a mais no final do mês; aquele presente sem data especial; rever alguém querido inesperadamente… Desta forma percebemos que as surpresas são legais e que elas geram alegria a quem é surpreendido.

Foi isso que aconteceu há muito tempo atrás com algumas pessoas que gostavam de Jesus. Eles viram todo o sofrimento e amargura que o Mestre, amigo e Rei havia sofrido. Eles viram Jesus sendo erguido em uma cruz, sendo furado por uma lança e bebendo vinagre… Enfim, eles viram Jesus morrendo.

Após algum tempo, no primeiro dia (Domingo) e alta madrugada, algumas pessoas foramTumba Vazia até a tumba para colocar perfumes e aromas no corpo de Jesus. Foi aí que tiveram a Primeira Surpresa: A grande pedra que trancava o sepulcro estava movida; Com certeza isso causou muito espanto em todas, que logo correram até a parte interna para encontrar Jesus, no entanto, tiveram a Segunda Surpresa: Não acharam o corpo de Jesus. As mulheres não conseguiam compreender, estavam surpreendidas com tudo aquilo e não sabiam, nem compreendiam o que estava acontecendo, afinal Jesus havia morrido… Neste momento receberam a Terceira Surpresa: Dois anjos aparecem para esclarecer o que estava acontecendo: Eles disseram – Porque buscais entre os mortos ao que vive? Ele não está aqui, mas ressuscitou (Lc 24.5-6).

Com certeza são grandes surpresas… Mas, como pode ser surpresa algo que era anunciado? Os anjos, então, lembraram as mulheres a respeito do que deveria acontecer: Importa que o Filho do Homem seja entregue nas mãos de pecadores, e seja crucificado, e ressuscite no terceiro dia (Lc 24.7).

Após tamanha surpresa, a tristeza e o luto deram lugar a uma alegria sem fim, contagiante, que fez elas correrem até os demais para lhes contar o que havia acontecido. Elas foram as primeiras testemunhas da Boa Nova de grande alegria – A ressurreição de Jesus.

A surpresa da notícia da ressurreição logo corre por todas as regiões. As mulheres vão anunciando para todos que Jesus não está mais morto, mas vive.

Era uma grande surpresa, mas muitos ainda estavam cheios de dúvidas. Será? Isso não faz sentido… Essas mulheres estão tendo alucinações! Outros foram até o tumulo conferir. Mas, apesar da dúvida e da surpresa, era verdade: Jesus havia ressuscitado.

Ele próprio diz a todos: “Ap 1.17,18: Não temas;  eu sou o primeiro e o último, e aquele que vive;  estive morto, mas eis que estou vivo para sempre e tenho as chaves da morte e do inferno”.

Desta forma, Jesus declara a vitória sobre os grandes inimigos: O Pecado, a Morte e o Diabo. Eles já não podem nos prender, nem vencer. No entanto, basta irmos a um cemitério que vamos perceber quantas pessoas estão lá. Fato este que comprova a letalidade do pecado, como já anunciou o apóstolo Paulo em Rm 6.23: “O salário do pecado é a morte”.

Sabemos que iremos morrer em virtude dos nossos pecados, e por termos herdado o pecado de Adão, mas muito pior que perder a vida terrena é perder a liberdade eterna. Sofrer eternamente. Tal fato não será uma surpresa, afinal de contas é conhecido de todos, pois: todo aquele que não crer em Jesus morrerá”. Tal morte não é física, mas espiritual – Eterna. Você deseja isso? Você quer receber essa ‘surpresa’?

graçaaOs discípulos tiveram uma grande surpresa, mas também o privilégio de terem visto o tumulo vazio, e não somente isso, de terem visto a Jesus após ter ressuscitado. No entanto, o Evangelho de João nos afirma: “Felizes os que não viram e creram!” (Jo 20.29).

Queridos amigos, nenhum de nós viu a Jesus após ter ressuscitado, no entanto, temos na Bíblia, muitos relatos e testemunhos a respeito da ressurreição de Jesus Cristo. Temos testemunhos ricos sobre a ressurreição de Jesus e consequentemente, sua vitória sobre o Pecado, a Morte e o Diabo.

Jesus veio ao mundo para fazer isso, para assumir e pagar os pecados em nosso lugar. De modo que, Jesus vem a nós e diz: “Venham a mim todos vocês que estão cansados e sobrecarregados e eu os aliviarei (Mt 11.28), porque: “quem crê em mim, ainda que morra, viverá” (Jo 11.25).

O resultado do feito de Jesus é maravilhoso. Afinal de contas, infelizmente todos poderemos passar pela triste surpresa da morte. Acontece que com Cristo temos uma nova perspectiva, e por isso, encaramos a morte com a certeza da ressurreição e da vida eterna com Cristo.

Queridos amigos, irmãos em Jesus Cristo, crianças… A grande Surpresa da Páscoa não são os ovos, os doces e o coelhinho. Mas como cristãos, a grande surpresa da Páscoa é poder ouvir do próprio Jesus: “Vinde, benditos de meu Pai, entrai na posse do reino que vos está slide_53.jpgpreparado desde a fundação do mundo” (Mt 25.34).

Portanto, que ao invés de prepararmos o ninho do coelhinho e ficarmos contentes com os ovos que ‘ele’ traz, vibremos com a Boa Nova da Salvação. Vibremos com a verdadeira Páscoa, a saber: A Ressurreição de Jesus Cristo. Que por fim, a grande surpresa, na verdade seja a confirmação daquilo que Ele, Jesus, prometeu: Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá; e todo aquele que vive e crê em mim não morrerá, eternamente. Crês isto?

Que assim Seja. Amém.

Cria em mim, ó Deus, um puro coração e renova em mim espírito reto. Não me lances fora da tua presença e não retires de mim o teu Espírito Santo. Torna a dar-me a alegria da tua salvação e sustém-me como um voluntário espírito. Amém.

 

Ó Senhor, dá-nos bons políticos


Ó Senhor, dá-nos bons políticos

 

A prisão do Senador Delcídio Amaral endossa uma urgência no Brasil: qualquer pessoa que almeja ser político precisa fazer um teste rigoroso de aptidão ética e moral. E provar também capacidade psicológica. Eduardo Cunha, por exemplo, tá na cara dele que é um psicopata. Quantos loucos, desonestos, mentirosos, corruptos, estão hoje na política do país? Não é assim com pilotos de avião ou com qualquer função que lida com a vida de pessoas? Tempos atrás um piloto doido jogou o avião cheio de gente contra as montanhas na Alemanha. A tão prometida reforma política, que ironicamente depende dos políticos, deveria constar: todo candidato a cargo político precisa comprovar que não é louco, nem ladrão e nem mentiroso. Milhares de brasileiros morrem estupidamente por causa dos ineptos políticos.

 

A Bíblia tem um padrão para o ministério pastoral: “Aquele que tem a responsabilidade do trabalho de Deus, como bispo, deve ser um homem que não possa ser culpado de nada. Não deve ser orgulhoso, nem ter mau gênio, não deve ser chegado ao vinho, nem violento, nem ganancioso (…) Deve ser prudente, justo, dedicado a Deus e disciplinado” (Tito 1.7-8). Evidentemente que todos somos imperfeitos, mas existem coisas que a pessoa pública, que comanda a vida dos outros, não pode fazer. No caso da religião, o que está em jogo é a vida eterna, a fé, a salvação. Na política, é a sobrevivência terrena.

 

Agora, as questões espirituais também dependem da política. Não é por nada que a Bíblia recomenda: “Orem pelos reis e por todos os outros que têm autoridade, para que possamos viver uma vida calma e pacífica, com dedicação a Deus e respeito aos outros. Isso é bom, e Deus, o nosso Salvador, gosta disso. Ele quer que todos sejam salvos e venham a conhecer a verdade”. (1 Timóteo 2.2-4). Ó Senhor, dá-nos bons políticos!

 

 

 

Marcos Schmidt

marcos.ielb@gmail.com

Pastor da Igreja Evangélica Luterana do Brasil

Novo Hamburgo, 28 de novembro de 2015

 

Ponto


Ponto

Até que ponto o ser humano consegue chegar?

 Às vezes, ele é um lugar bem baixo.

Até o ponto de ser tão egoísta que o bem comum torna-se acessório de quinta utilidade.

Até o ponto de roubar tanto que não já não divisa mais a fronteira do que é pouco ou muito.

Até o ponto de conseguir ser cruel e desumano com alguém de sua própria espécie.

Até o ponto de se humilhar e sujeitar às piores humilhações e mais ridículas situações por um pouco de exposição, visibilidade, ‘ar social’.

 

Em alguns casos, um lugar mais elevado.

Até o ponto de doar órgãos de um ente querido para salvar a vida de um desconhecido

Ao ponto de tirar de si mesmo para ajudar alguém que precisa.

Até o ponto de mover o mundo porque acredita em uma causa nobre.

Até o ponto de sofrer o que for preciso para não abrir mão de princípios que não podem ser feridos.

Mas o grande ponto é: onde está o ponto? Em que ele se apoia? Até onde ele vai nos levar?

Pois sem um ponto de apoio, os limites vão sumindo e a razão vai sendo ignorada. E então o ser humano sente-se livre para viver colecionando três pontinhos, numa constante reticência que permite tudo o que se desejar…

Mas seguir a vida é saber que cada dia termina em virgula – logo vem outro para não nos deixar parar. E para vivê-los, sem um ponto de equilíbrio, corremos o risco de utilizar apenas frases feitas, desconexas, que não descrevem exatamente quem somos. E, pior, não nos orientam no que realmente vamos precisar.jesus_amai-vos

O ponto a favor nesta situação é o de que Deus já deu provas até que ponto vai para nos ter perto. Jesus Cristo é a prova viva deste amor sem fim de linha, de um cuidado que não conhece ponto final. Ele ajusta o ponto de equilíbrio para que seja o mais preciso que se puder alcançar. E também nos busca quando estivermos lá embaixo, depois de cruzar limites que não deveríamos arriscar.

Ponto de apoio, ponto de equilíbrio, ponto de vista, ponto com nó… para continuarmos a escrever a vida com segurança, está Nele nosso porto seguro.

Ponto a ponto. E de ponta a ponta.

 

 

 P. Lucas André Albrecht

 

 

 

Frase:

“Fé é subir o primeiro degrau mesmo quando ainda não se vê a escada toda”.

(Martin Luther King, Jr.)

Ofendido


Ofendido

De certa forma, vivemos a era da indústria dos ofendidos.

Duas áreas podem ser utilizadas como ilustração deste fato. Uma delas, o politicamente correto. Se você não usar a palavra eleita para designar tal pessoa/conceito/lugar/escolha, está estabelecida a ofensa. Mesmo que, constantemente, ofendidoas palavras mudem, ou seja, aquela que hoje é a correta, amanhã, já ofende. Outra, a expressão de ensinos bíblicos. Especialmente, nos temas mais polêmicos. Afirmar o que se crê e confessa ofende e agride sensibilidades e visões, nem sempre com contrapontos  e alternativas lógicas para as propostas enunciadas. Estou ofendido. E isto basta.

A indústria da ofensa tem crescido, em grande parte, porque ofender-se dá poder, gera representatividade. Ofender-se ajuda a vencer a discussão, já que, via de regra, tem ficado comum pensarmos mais por meio de emoções do que por palavras e construções lógicas. Então, qualquer palavra que toque uma corda sensível “ofende”, e a discussão continua somente dali para diante. Ou para baixo. Especialmente, se gerar o efeito manada.

Na sociedade fragmentada, muitas vezes, ideologicamente direcionada, tudo, ou quase tudo, ofende.

É evidente que existem situações de ofensa, momentos em que, realmente, somos ofendidos. Mas estamos caminhando para o exagero e o caos nos relacionamentos sociais, potencializados pela virulência descabida nas interações digitais

Felizmente, Jesus Cristo não foi assim. (mesmo tendo motivos, já que tudo de que foi acusado era falso). Imagine se, diante das pessoas famintas que ele alimentou, ele se ofendesse: “quer dizer que vocês estão aqui só porque dou comida,jesus_amai-vos não é? Tá bom, vocês vão ver, não tem mais, então”. Diante dos fariseus: “Quer dizer que vocês, líderes, em vez de ajudar, estão contra mim? Isto é uma ofensa!” Antes de voltar ao Pai, quando os discípulos queriam saber de seu Reino celeste. “Seus ignorantes, não entenderam nada? Assim vocês me ofendem. Não contem mais comigo, estou fora”.

Especialmente, diante dos que o prendiam, diante dos que o maltratavam, diante dos que, injustamente, o pregavam em uma cruz.  Ele tinha 50 mil motivos para ir a Roma processar todo mundo. Mas não fez. Ele foi O ofendido. E, em troca, ofereceu amor.

Seu processo estava definido, e ele o cumpriu até o fim. Cumpriu aquilo para que veio ao nosso mundo, com a finalidade de nos perdão. Isto é, não para se fazer de ofendido, mas para perdoar as nossas ofensas. Dar a oportunidade de vivermos a vida onde emoções são subordinadas a princípios. Por causa desta fé, somos chamados à prática que ofende a mentalidade humana:  ouvir, compreender, ajudar. Perdoar, respeitar…amar. Perdoarmos aqueles que nos têm ofendido.  Para então, nos casos realmente necessários, dar a uma ofensa resposta jurídica.

Na era da indústria de ofendidos, o perdão, que cobre nossa multidão de ofensas, não pode ser fabricado.

É oferecido. De graça. 

(P. Lucas André Albrecht)

Tempero para a Vida.


Tema: O Tempero para a Vida.

Itapema – Bom Caminho 26/09/2015

Régis Duarte Müller

18° Domingo Ap Pentecostes – 26/09 a 03/10/2015

      

Textos Bíblicos: Salmo 104.27-35; Números 11.4-6, 10-16, 24-29; Tiago 5.(1-12)13-20; Marcos 9.38-50

            prato saborosoCada alimento que preparamos na cozinha tem uma receita e uma medida certa para cada ingrediente. Mas, o determinante ao se cozinhar é o tempero. Normalmente colocamos pouco tempero, a medida certa, para que a comida tenha o gosto bom ao paladar. Acontece que quando erramos a medida do tempero, do sal, a comida não fica boa. Na verdade fica péssimo e poucos comem.

Existem alguns alimentos que marcam a vida das pessoas. No hospital todo mundo reclama da comida sem sabor, assim como nos lembramos daquele prato extremamente salgado que foi feito em nossa casa outro dia.  E todos concordam: É muito ruim comer alimentos sem tempero ou salgados de mais.

Acontece que muitas vezes não percebemos, mas nossa vida é tempero. Cada um de nós é tempero para a vida das outras pessoas, e por isso, recebemos um conselho muito importante de Jesus: “Tende sal em vós mesmos e paz uns com os outros” (v.50). Assim, desta forma simples, Jesus nos dá dois tipos diferentes de “condimentos”: Sal e Paz.

Mas cabe a cada um de nós questionarmos: Quais são os temperos que temos utilizado em nossa vida? Qual a medida que temos colocado? Qual a receita que temos utilizado?

É importante fazermos essa reflexão, afinal de contas, muitas vezes nosso tempero não tem sabor nenhum; Outras vezes estamos extremamente salgados, e sendo assim, não contribuímos em nada com o ‘alimento’ para as pessoas que nos cercam.

            Sim, querido amigo e irmão: Que tipo de tempero você e eu somos? Talvez alguns sejam insípidos! Esse é o alimento que não tem sabor nenhum, é como se não comesse nada. Na vida, é aquela pessoa que não ‘fede nem cheira’. Pra ela tanto faz, não tem importância, e dificilmente ela contribui para a vida das outras pessoas.

sal Contudo, a Bíblia nos fala o que é feito com o sal que perde o sabor: “O sal certamente é bom; caso, porém, se torne insípido, como restaurar-lhe o sabor? Nem presta para a terra, nem mesmo para o monturo; lançam-no fora. Quem tem ouvidos para ouvir, ouça” (Lc 14.34-35).        Coisas descartáveis.

Sim. O ‘sal’, a ‘pessoa’ insípida será jogada fora!

Por isso, novamente a pergunta: Que tipo de tempero você e eu somos? Talvez alguns sejam salgados demais! Esse é o alimento que não desce. Ninguém consegue comer um prato com excesso de sal. Além do mais, alimentar-se com alimentos muito salgados podem acabar trazendo problemas para a saúde como hipertensão arterial, doenças renais, cardiovasculares, entre outras. Sendo assim, como podemos ver, o excesso de sal é ruim para a saúde. E não é diferente se nós somos salgados demais, como tempero, para a vida das outras pessoas. Muitas vezes, por sermos salgados de mais, acabamos prejudicando a vida das outras pessoas.

Somos salgados quando agimos com grosserias, brigamos, somos rabugentos. O alimento salgado não pode ser consumido e é jogado fora. A pessoa ‘salgada’ também será jogada fora.

Viver de modo insípido ou exageradamente salgado é como a história que ouvimos em Números: Apesar de estar constantemente amparado por Deus, apenas sabemos reclamar. Em Números podemos encontrar três aspectos importantes: A reclamação e murmuração; A incapacidade de realizar o próprio trabalho e a presença constante de Deus.

Na verdade, o último aspecto é determinante em nossa vida. Afinal de contas, somente a presença constante de Deus pode fazer de nossa vida um bom tempero, tanto para nós mesmos, como para o próximo. Afinal de contas, é Deus que concede o Maná e as Codornizes, mesmo diante da reclamação; É Deus que concede profetas ou ‘ajudantes’ por um dia, quando você não dá conta do seu próprio trabalho. É Deus que nos levanta quando estamos caídos.

É verdade que muitos parecem estar insípidos ou salgados de mais. Mas nenhum ainda foi jogado fora. E, de modo concreto, Deus não quer jogar ninguém fora, pelo contrário, Ele quer alimentar, ajudar no trabalho, cuidar e estar presente em sua vida o tempo inteiro.

Por isso, ele concede a receita para o bom tempero da vida: O Exemplo dos profetas. Através dos profetas Profeta Eliasrecebemos exemplos de paciência e confiança em Deus. É importante olharmos para os profetas antigos e observar seus exemplos de fé. Pois com eles vamos perceber que apesar de todo sofrimento, Deus está sempre perto e cuida da vida dos seus servos.

O bom Deus esteve ao lado de Moisés que guiou o povo à terra prometida. O bom Deus esteve com seu servo Jó, que é exemplo de paciência para todos nós. Também esteve com Elias que orou e houve seca por três anos e seis meses, orou novamente e voltou a chover. Contudo, quando esteve escondido houve perturbação, reclamação e desespero. Por outro lado, quando invocado, Ele se apresenta com misericórdia e compaixão.

              Por tudo isso, nós somos convidados pelo salmista a dizer à própria alma: “Bendize, ó minha alma, ao SENHOR! Aleluia!”.

Bendizemos a Deus por fazer com que muitas pessoas ao nosso redor sejam o bom tempero que dá gosto para nossa vida. Assim, também, pedimos a Deus que nos use, a fim de temperarmos a vida das pessoas que nos cercam com o Bom Tempero de Cristo. Por isso, o incentivo: “Tende sal em vós mesmos e paz uns com os outros” (v.50). Sejam o bom tempero para a vida.

Que Deus nos abençoe. Assim seja. Amém.

Nosso grau de investimento


Nosso grau de investimento

 

Com facilidade esquecemos de Deus quando tudo vai bem. Mas, quando as coisas se complicam, a memória começa a funcionar melhor. Por exemplo, sem polícia nas ruas e os bandidos fazendo a festa, Deus está em alta, mais que o dólar. Ainda bem, porque não custa nada uma oração antes de sair de casa. Aliás, a segurança do céu nunca foi cobrada, nem faz greve. Só precisa de um fiador, Jesus, porque foi ele quem pagou a nossa dívida. “O que vocês pedirem em meu nome eu farei” (Jo 14.13), garante aquele que é o único caminho, e ninguém pode chegar até o Pai a não ser por ele (Jo policia14.6). Como é bom saber disto e acreditar nisto quando tem tanta propina e outras cobranças na porta do céu – falcatruas que tentam condicionar também as coisas espirituais.

Mas, como disse, temos a tendência de só lembrar desta segurança nas horas difíceis. Quando a saúde vai bem, há dinheiro sobrando e tudo está numa boa, Deus fica na cozinha e não é convidado para a festa. Ainda bem que ele é o pai do filho que voltou para casa e que ordenou aos empregados: “Depressa!Tragam a melhor roupa e vistam nele” (Lc 15.22). Ele é o Deus do encrencado Doraçãoavi que reconheceu: “Eu fiquei aflito e apavorado. Então clamei ao Senhor,
pedindo: Ó Senhor Deus, eu te peço ‘salva-me da morte’. O Senhor é bondoso e fiel; o nosso Deus tem compaixão de
nós” (Sl 116).

Em tempos com tanta insegurança, violência, carestia, desânimo, desconfiança, é a chance da segurança deixada de lado. Se as coisas celestiais perderam o valor em nossos cálculos, se gastamos além do que podíamos, Deus não bloqueia as nossas contas, não rebaixa o grau de investimento, nem nos obriga a empréstimos com juros exorbitantes. “Venham”, ele convida, “os que não tem dinheiro: comprem comida e comam” (Is 55.1).

Marcos Schmidt

marcos.ielb@gmail.com

Pastor da Igreja Evangélica Luterana do Brasil

Novo Hamburgo, 12 de setembro de 2015

Marcos Schmidt

marcos.ielb@gmail.com

Pastor da Igreja Evangélica Luterana do Brasil

Novo Hamburgo, 12 de setembro de 2015